O que é ser DJ?

 

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DJ mixando composições.
Um disc jockey ou disco-jóquei (DJ ou dee jay) é um artista profissional que seleciona e roda as mais diferentes composições, previamente gravadas para um determinado público alvo, trabalhando seu conteúdo e diversificando seu trabalho em radiodifusão em frequência modulada (FM), pistas de dança de bailes, clubes, boates e danceterias.
Disco-joquéi foi e é utilizado para descrever primeiramente a figura do locutor de rádio que introduziam e tocavam discos de gramofone, posteriormente, o long play, mais tarde compact disc laser (CD) e atualmente, empregam o uso do mp3. O nome foi logo encurtado para DJ. No Brasil, a abreviação é pronunciada erroneamente, em relação a sua derivação original (o inglês), sendo mencionado de forma "aportuguesada" por jornalistas, radialistas e não-profissionais, como "djidjêi". Uma contaminação causada, principalmente, pela popularidade do grupo Mamonas Assassinas em 95, onde o vocalista Dinho, em imitação nordestina, pronuncia a abreviação DJ, dessa forma. Hoje, diante dos numerosos fatores envolvidos, incluindo a composição escolhida, o tipo de público alvo, a lista de canções, o meio e o desenvolvimento da manipulação do som, há diferentes tipos de DJs, sendo que nem todos usam na verdade discos, alguns podem tocar com CDs, outros com laptop (emulando com softwares), entre outros meios. Há também aqueles que mixam sons e vídeos (VJs), mesclando seu conteúdo ao trabalho desenvolvido no momento da apresentação musical. Há, no entanto, uma vasta gama de denominações para classificar o termo DJ.
Técnicas e estilos
No rádio, os DJs contribuíram para a consolidação do movimento Rock and Roll a partir da segunda metade dos anos 50, como a maior manifestação cultural da juventude do século XX; nomes de artistas tão díspares como Elvis Presley e The Beatles, não teriam alcançado o estrelato se não fosse o empenho dos DJs originais. Nessa mesma época começavam a surgir os DJs jamaicanos, conhecidos como seletores, que inicialmente tocavam principalmente discos estadunidenses de R&B nos sistemas de som, e faziam sucesso principalmente entre a população menos privilegiada que não tinha condições de ter rádio ou toca-discos.
Com o advento da discoteca em meados dos anos 70, os DJs também ganharam fama fora do rádio e foram para as pistas de dança. Nas pistas, os DJs que atuaram até o meio da década de 1990utilizavam apenas discos de vinil em suas apresentações. Em que pese o fato de já existirem CDs antes disso, não havia equipamentos que permitissem o sincronismo da música entrante com a música em execução (ajuste do pitch para posterior mixagem). A forma como esta ação de mixagem é realizada, aliás, é o principal diferencial entre os profissionais desta área.
Um DJ tem a percepção musical de saber quais composições possuem velocidades (mensuradas em batidas por minuto) próximas ou iguais, de forma que uma alteração em um ou dois por cento da velocidade permite com que o compasso das mesmas seja sincronizado e mixado, e o público não consiga notar que uma faixa está acabando e outra está iniciando, pois as duas faixas estão no mesmo ritmo, métrica e velocidade.
DJs das décadas de 1980 e 1990 sincronizavam a composição mixada (entrante) regulando a velocidade do prato do toca-discos, com o cuidado de fazer com que a agulha não escapasse do sulco do vinil (que na prática faz com que a música "pule") e também com que o timbre da voz da música não ficasse, por demais, alterada com a velocidade muito alta ou muito baixa do prato. Esta alteração da velocidade era possível em toca-discos que possuem o botão chamado pitch. O toca-disco mais famoso, nesta época, era o Technics SL-1200 MK-2, que até hoje é vendido e procurado por profissionais e amantes do vinil pela robustez e força que o seu motor de tracção directa apresenta.
Após a popularização do CD, fabricantes como Pioneer, Technics e Numark desenvolveram aparelhos do tipo CD player com recursos próprios para DJ. Conhecidos como CDJs, possuem botões especiais para alteração de pitch, de retorno da faixa, de marcação de ponto (efeito cue) e looping. O timbre da música passou a ser controlado (opcionalmente) por um acionador específico, normalmente conhecido como Master Tempo. Com este recurso, mesmo que a composição esteja extremamente acelerada (ou desacelerada), o timbre da voztecladosguitarras, etc. é mantido, driblando de certa forma a capacidade de percepção do público, em notar que determinado som está tocando em velocidade diferente da normal. Além disso, não há mais o risco de o disco pular, apesar de o cuidado em se limpar as mídias de CD ser o mesmo, pois uma mancha em uma mídia óptica pode prejudicar e até interromper a canção em execução. Outra facilidade destes equipamentos é marcar o ponto de início da música (designado cue point). Assim, um DJ com um simples toque no botão pode retornar ao ponto de partida poucos segundos antes de mixar a música sobre a que está sendo executada.
Atente-se aqui para o fato de que, além do talento musical obrigatório a um DJ em se conhecer aproximadamente o tempo das composições que ele pretende mixar durante sua apresentação, o mesmo também deve conhecer onde, quando e se uma composição ou determinada versão desta possui uma região (geralmente sem vocal, com batidas secas e pouco ou nenhum aparecimento de guitarras e teclados) popularmente conhecida como quebrada, onde é possível entrar a próxima composição sem que o resultado fique confuso (com dois vocais de canções diferentes "falando" ao mesmo tempo, por exemplo). Este capricho é obrigatório para profissionais que fazem mixagens ao vivo, tanto com vinil quanto com CDs.
O DJ é, no fim das contas, um animador de eventos. Este deve conhecer canções o suficiente para saber como e quando mixá-las, deve sentir a vibração do público que o está ouvindo, e saber mudar um estilo na hora certa, para que a pista não esvazie. Deve ser o mais eclético possível, ou deixar bastante claro ao seu público e ao seu contratante qual é seu estilo ou tendência. Existem DJ especializados em raves. Outros, que se dedicam a canções que já fizeram sucesso a oito, dez ou vinte anos atrás.
Compactos
As versões das canções que um DJ utiliza não são, geralmente, as mesmas versões que normalmente se ouve em videoclipes ou estações de rádio. Para cada nova canção que é lançada no mercado, desde a década de 1970, a gravadora lança um disco (ou CD) específico, denominado compacto, para aquela canção. No caso do vinil, um compacto também pode ser de sete polegadas, dez polegadas ou doze polegadas. Em CD, este é conhecido como 5 (cinco) polegadas. Um compacto é um vinil ou CD que possui uma mesma canção em várias versões, produzidas especialmente para mixagens ou amantes de versões alternativas. Enquanto uma versão normal de canção possui normalmente de três a quatro minutos de duração, uma versão de compacto pode durar até quinze minutos, com grandes introduções, quebradas, edições, reprises de vocal etc.. Estas versões alteradas também são conhecidas como remixagens, versões 12, versões club, versões estendidas e dub. Um compacto também pode conter versões instrumentais e a cappella. Enquanto um álbum de coletânea de determinado artista pode possuir um nome qualquer, um compacto sempre tem o nome da canção que nele está gravada, mesmo que o disco tenha apenas uma versão da canção que o nomeia.
Composição digital
Já no fim do século XX, com a popularização do formato MPEG-1 layer 3 (popularmente conhecido como MP3) para canções digitais, de programas de compartilhamento de arquivos como o Napster e o surgimento de programas de edição musical, surgiu uma nova casta de editores musicais auto-denominados DJs. Apesar de estes possuírem, as vezes, até certo talento para música, pois precisam alterar uma faixa para mixar na anterior, tem seu trabalho extremamente facilitado e, portanto, não são bem vistos por profissionais que executam seu trabalho ao vivo em clubes, casas, discotecas e eventos. Ex:DjPimento007
A mixagem em computador é feita de forma caseira, e não há o julgamento do público ao trabalho sendo feito ao vivo. O que o público irá ouvir é uma mixagem feita em estúdio e já gravada. Caso uma canção seja alterada e mixada com a anterior, mas o resultado não seja o esperado pelo editor (timbres, batidas ou compassos dessincronizados, por exemplo), a ação de mixagem pode ser desfeita e refeita quantas vezes forem necessárias. Assim, o resultado final é uma mixagem tão perfeita quanto artificial.
Porém, grandes DJs também fazem uso destes programas para criação de sequências de múltiplas canções denominadas megamixes, de participações de curta duração em programas de rádio e até mesmo de novas versões dessas canções, que não existam em seus respectivos compactos.
Existem hoje em dia softwares capazes de simular na tela de um computador dois toca discos ou cdjs e um mixer, com inúmeros recursos iguais ou até superiores aos melhores equipamentos,além de alguns poderem ser baixados gratuitamente pela internet,esses softwares estão se popularizando por serem uma alternativa a quem deseja discotecar e não pode investir muito.
Entre esses programas destacam-se o Virtual DJ,Traktor,Deckadance,MixVibes,BPM Studio,PCDJ entre outros.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A arte de ser DJ

 

DJ (disc-jóckey)
 
Pensa que é fácil criar suas próprias músicas e animar um público cada vez mais exigente?
 
É divertido ser DJ, animar uma festa com uma galera cada vez mais exigente. Todavia não é nada fácil. Além de exigir muita responsabilidade, disciplina, respeito e conhecimentos profissionais, os equipamentos não são tão baratos assim. Sem falar que tem que existir o feeling, uma grande paixão pela música. O DJ não copia, cria. Deve ser um pesquisador, um estudioso. O que antes era feito em uma discoteca por vários profissionais, está na mão de um DJ.
 
DJs ou um remendo de festas?
 
Tem muito jovem que compra o equipamento, começa a fazer festinhas e já se sente um mestre na arte. É muita pretensão, ao ponto de atrapalhar o próprio crescimento profissional e impedir que os verdadeiros DJs, indivíduos dedicados e apaixonados pelo trabalho, tenham espaço para atuar no mercado. Primeiro porque muito produtor de evento não liga para o resultado final da festa, quer arrecadar dinheiro e paga bem menos para os "iniciantes". Ou melhor, o remendão das festas.
 
Claro que para tudo se tem o começo e cada evento será uma experiência. Porém quem não tem humildade para continuar estudando, pesquisando, aprendendo, afundará quando convocado para festas de grande porte ou estagnará. O falso DJ que para aparecer, ganhar meninas (ou meninos) e alimentar o ego numa cabine, aceita cerveja como cache, não tem futuro algum. Os bons, ficam, os ruins passam bem rápido, deixando um rastro pernicioso para uma profissão tão digna.
 
Cursos para DJs
 
Como em todo curso, sempre leve em consideração a seriedade e o compromisso de quem oferece. Alguns DJs se tornam "professores" para tirar uma verba a mais, contudo não passam de picaretas, que evitam ensinar de verdade para não ter um concorrente a mais, ou ensinam o básico para não afugentar o "aluno". Porque o curso não é fácil. Requer paciência, lógica, raciocínio rápido, criatividade, conhecimentos em música, matemática e informática. Bons equipamentos e muito treino. Poucos cursos atendem de fato os anseios de quem pretende ser profissional.
 
Equipamentos
 
Estão sempre em evolução
 
- As três principais mídias: CD, VINIL e Áudio compactado, como  MP3
 
- Toca disco vinil para efeitos como back to back, scratch, speed back.
 
- Players e mixers com recursos variados.
 
- Groove Box, sintetizadores, samplers.
 
- Um computador e softwares (sequenciadores), além de o máximo possível de músicas em mp3.
 
Os diferentes DJs e seus equipamentos:
 
- DJ Comercial: Profissional multitarefa. É responsável por montar parte de seu equipamento, exercer a função de locutor e animador. Este é o profissional que é mais exigido e também o mais comum pois se popularizou com o aparecimento de softwares como o virtual DJ.
- DJ Balada: Tem que estar presente em todas as casas noturnas e shows, ele pode se apresentar como artista, e cria seu próprio set e seu ambiente. Precisa dos aparelhos mais caros. Geralmente um bom mixer, uma camara de efeitos ou um multiefeito, um par de CDJ (o cd player com recursos para DJ), um microfone de uso geral e um par de PickUp que é o player para os discos de vinil. Geralmente, pelo tipo de material que ele usa e o ambiente onde toca, se preocupa muito mais com seu arquivo de músicas.
- DJ ou Produtor: Trabalha com jingles e produções voltadas para comerciais, como trilhas sonoras, jingles e outros. Precisa de uma boa mesa de som, um computador com placa de som de alta definição, processador de efeitos de voz, camara de eco, equalizadores V, microfones para voz, caixas de referencia para saída de audio, softwares de produção como Cake ou Sonar e também um software para DJ como o Virtual Dj.
- DJ Programador: É uma função nova, muito difundida com o aumento de rádios e programação web de músicas, ele precisa de um bom software de mídia como o Windows Media ou o Real onde ele irá simplesmente criar um set de músicas que será usado como fundo musical de um site web ou mais off-line que isso, irá gravar set de cd's para serem usados em lojas como supermercados, roupas e outras, evitando que uma rádio comecial fique sintonizada. Precisa de um bom gravador de cd's, equipamentos de masterização e gravação de voz para locuções de propagandas ou dependendo do caso, para gravação de mensagens.